sábado, março 24, 2012

Da janela vejo o sol a esconder-ser entre as  nuvens
As frequências de maior intensidade vão se difundindo
refletindo na pele branca, todas as cores a mostra
escuridão interior me traz teus pequenos olhos fechados a dormir.

Tão bonita essa tua natureza de passáro ferido...






É essa mancha escura que me segue embaixo dos pés desde que nasci, se multifacetando em millhares de outras sombras mais claras ou escuras, a dependender do horário. Por estar  sempre presente torna a lembrar o lado ruim intrínseco dos aqui viventes, a qualquer mínima claridade me sinto exposta, todos começam a ver que também sou má, e fica assim tão perceptível na íris que a cada ponto é impossível negar, sendo consequência do sistema ou apenas da natureza humana,a realidade é que apenas na plena escuridão quando a mancha escura  se expande e confunde-se em meio a ausência de luz, só assim, alma, mente e corpo aparentemente misturados, tornam a separar-se.

segunda-feira, março 19, 2012

Estou para poesia como m1=m2 em retas paralelas
estou para poesia como Rousseau para democracia
estou para poesia porque vivo.
Vivo no momento errado, no meu tempo certo.
Estou na enciclopedia de Diderot do século XVIII,
sofri cisão heterolítica e hoje sou ubigua, de bem e mal.