sábado, dezembro 24, 2011

Ao longo do tempo descobri que vivia(oh, sim), conheci vários locais, falei com diversas pessoas e foi conversando com uma delas que esta me disse sobre a magia de escrever, a princípio não acreditei, afinal, por que existem então tantos livros abandonados e intocados nas livrarias? Eles que serviram tanto, eles que mataram a fome do ser, eles que só falam quando você deseja, eles que tão sinuosos mostram suas cores e suas rimas para nos levar á outro mundo, ah, ás vezes me revolto, sinto suas tristezas, quero estar junto de todos para que não se sintam tão intimamente só quanto me sinto agora, ah, eu poderia dizer que sou de um livro, o livro o qual não direi o nome para que me encontrem aos poucos, para que me vejam aos poucos, para que sintam vontade de mim. Talvez escrevendo veja-me fora do meu eu de tal modo que consiga eu mesma acompanhar-me nesse caminho pedregoso que é viver, talvez um dia conte uma de minhas magias e de como é fabuloso o mundo que venho, dessa minha viagem caleidoscópica espero encontrar o caminho de volta para casa, para ver o azul turquesa do meu sol, ao fim. O meu amigo do começo do texto disse-me que a grandeza está nas pequenas coisas e que nem todo mundo consegue ver a beleza dos livros, talvez as coisas infinitamente prazerosas só as sejam por conterem número limitado de cadeiras, por terem dificuldades no caminho, para que o desejo intensifique e permaneça construindo linhas maravilhosas de sabedoria.

2 de novembro de 2009

terça-feira, dezembro 20, 2011

domingo, dezembro 18, 2011

 "Problemas não são solucionados pelo ensino de um nova experiência, mas pela combinação do que de há muito já se conhece. A filosofia é uma luta contra o enfeitiçamennto de nosso intelecto pelos meios de nossa linguagem."

Ti to on?

 e por um instante, ao passar pela estrada dos eucaliptos, eu já sabia para onde estavamos indo, as janelas do ente ser se abriram e logo veio a brisa da montanha,entendi do que era feita.  Sim, protai archai kai aitai.

quarta-feira, dezembro 14, 2011

sábado, dezembro 10, 2011

Será possível mudar-mos qualquer coisa sem transformar, a princípio à nós mesmos?
" Mas a chuva, copiosa, continua a cair sobre o rio. E toda vez que você vir em noticiários tais cena de inundação, você pensará: Realmente, assim é a minha alma."
Haruki Murakami

Palavra costurada com  ponta de agulha e linha,  levada pelo vento na areia, lavada na beira do rio, pesada e sentida na máquina de escrever a cada letra, sempre a mesma, dita ou não.
 Palavra quando no plural são moças arredias que  dançam ao redor da fogueira, mexendo seus vestidos, se misturando à música, ondulando o pensamento, confundindo a solidão. Encanto de quem se apaixona, leveza de quem profere, tristeza de quem recebe um não.
 Palavra que sai dos olhos e não da boca, vem me fazer cafuné, dança comigo a noite e me puxa pelo pé, revela teu encanto, mas bem devagarinho, que a dor do coração já está bem pertinho.


terça-feira, dezembro 06, 2011

A imagem e os espelhos

" Jamais deves buscar a coisa em si, a qual depende tão somente dos espelhos.
A coisa em si, nunca: a coisa em ti.
Um pintor, por exemplo, não pinta uma árvore: ele pinta-se uma árvore.
E um grande poeta- espécie de rei Midas á sua maneira- um grande poeta, bem que ele poderia dizer:
-Tudo o que eu toco se transforma em mim."

Mario Quintana

Sobre amadurecer

    O pior de tudo isso não é saber que papai noel não existe, mas que continuam a mentir para as crianças,sendo que essas datas são fruto de interesses mercatológicos, que provavelmente nem o dia é real,fazer com que nós acreditemos nessas coisas por tanto tempo sem saber nos mostrar o real princípio da comemoração, de estar em família e saber amar os outros como se fosse sempre natal, entender que aniversário é só mais uma data qualquer como outras tantas .
   Aceitar que as pessoas vão rir de você sempre que disser que acredita em duendes e seres protetores da natureza ou mesmo quando quiser um pijama de urso com orelhas e rabo. Criar seus próprios conceitos sobre religião e continuar aprendendo a mentir ou mesmo esconder suas reais intenções para que possa adentrar em algum grupo, é não sonhar mais em ganhar aquela boneca que chora de verdade e passar a desejar que o peso das responsabilidades se atenuem e que se possa sentir a paz.
  Amadurecer representou para mim acabar com a a dúvida que restava, o desejo e a incerteza que fez um sonho, mantido no coração por anos, nutrido pelo sol ou por qualquer palavra boba proferida ao vento. Aquela coisa de presente envolto de plástico bolha, tudo tão frágil e tão bonito, que não era mais possível voltar, era previsível até que aquilo se quebraria. Destruindo assim mais um caminho dos tantos a escolher, vindo então a liberdade do corpo de não esperar qualquer coisa dos sonhos.
  Pessoas grandes não podem ter o direito de viver de coisas ilusórias, pois deste modo acabarão tendo um futuro igualmente fictício. A questão toda está no fato de que amadurecemos sim, as responsabilidades virão, nós as aceitaremos mesmo com medo ou receio, mas não se pode matar todos os outros eus de idades anteriores que convivem armonicamente com o eu de agora. Caso não aja uma pequena Manoela a me olhar estranho e me dar a mão para que rodemos sempre que baixar minha cabeça sobre o tampo da mesa com os olhos já marejados, será impossível fazer com que o indivíduo tenha alguma base moral. É importante manter algo que nos retome ao que somos , para que a alma não se desvie do caminho.