sábado, dezembro 24, 2011

Ao longo do tempo descobri que vivia(oh, sim), conheci vários locais, falei com diversas pessoas e foi conversando com uma delas que esta me disse sobre a magia de escrever, a princípio não acreditei, afinal, por que existem então tantos livros abandonados e intocados nas livrarias? Eles que serviram tanto, eles que mataram a fome do ser, eles que só falam quando você deseja, eles que tão sinuosos mostram suas cores e suas rimas para nos levar á outro mundo, ah, ás vezes me revolto, sinto suas tristezas, quero estar junto de todos para que não se sintam tão intimamente só quanto me sinto agora, ah, eu poderia dizer que sou de um livro, o livro o qual não direi o nome para que me encontrem aos poucos, para que me vejam aos poucos, para que sintam vontade de mim. Talvez escrevendo veja-me fora do meu eu de tal modo que consiga eu mesma acompanhar-me nesse caminho pedregoso que é viver, talvez um dia conte uma de minhas magias e de como é fabuloso o mundo que venho, dessa minha viagem caleidoscópica espero encontrar o caminho de volta para casa, para ver o azul turquesa do meu sol, ao fim. O meu amigo do começo do texto disse-me que a grandeza está nas pequenas coisas e que nem todo mundo consegue ver a beleza dos livros, talvez as coisas infinitamente prazerosas só as sejam por conterem número limitado de cadeiras, por terem dificuldades no caminho, para que o desejo intensifique e permaneça construindo linhas maravilhosas de sabedoria.

2 de novembro de 2009

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