quinta-feira, fevereiro 18, 2010
Quão feio pode parecer aos outros assumir-mos o que somos publicamente?
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de como sinto.,
De olhos abertos.
terça-feira, fevereiro 16, 2010
domingo, fevereiro 14, 2010
Quem seríamos
Veio um instante, partiu de novo,
Leve, sem nome...
Para que nomes? Era azul e voava...
No véu das horas punha o seu motivo.
Partiu. E nem
Ficou sabendo
Como eu acaso me chamava.
Mário Quintana
Leve, sem nome...
Para que nomes? Era azul e voava...
No véu das horas punha o seu motivo.
Partiu. E nem
Ficou sabendo
Como eu acaso me chamava.
Mário Quintana
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de quem admiro.,
do que li.
Seca, em espirais coloridos impulsionando com dificuldade o ar até os pulmões, de olhos fechados, algo pulsa dentro dela e isto é forte e constante, ao mesmo tempo em que sente esse golpe no estômago as pernas vão ficando fracas e moles, parece que não respondem ao seu chamado desesperado para que elas despertem e continuem a andar pela praia, permanece a esperar, esperando a dor infindável passar, olho nos seus olhos que sorriem diferente e me sinto envergonhada, é como tirar uma máscara da bolsa e nessa máscara tivesse a sua imagem aos cinco anos, encolhendo, logo a pouco vão surgir as fraldas, não quero que ela tema, em um grito ensurdecedor dentro de mim escuto o que dizem dentro dela, eu a vejo, temos uma conexão, de tal forma que seus olhos violeta refletem nos meus olhos verdes as palavras que o vento assobia, vejo os braços que usam uma camisa azul (a minha preferida), braços estes que agora a envolvem, ah, como gosto do calor desses braços, eles temem que o empalidecer venha a piorar, fico feliz que ele esteja lá, já que eu própria não posso fazer, então a observo, a desejo, enquanto tenta guardar toda essa dor para aproveitar depois, eu sei que ela sabe que estou vendo-a, eu sei pois para mim ela é tudo. Logo após não preciso mais ser forte, então as lágrimas salgadas começam a dançar no meu rosto e aos poucos elas vão descendo e molhando toda a camisa vermelha que se transforma num rio de sangue que escoa pelas ruas e aos poucos toma tudo. O momento se esvai o sol também, vira soez, vira vazio, fica sem ele e fica sem mim, o vazio que a existência traz só ele pode explicar na vida dessa moça de olhos cor de violeta.
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de como sinto.,
De olhos fechados.
segunda-feira, fevereiro 01, 2010
Os sofrimentos do jovem Werther
''Ah! não são as grandes e raras revoluções do universo esses tremores de terra que engolem as vossas cidades, não é tudo isso que me compunge e causa impressão: o que mina meu coração é esta força destruidora e oculta que existe em todos os seres. A natureza não forma nada que por si mesmo não se consuma e a todas as coisas que lhe estão próximas. É assim que eu vacilo no meio de minhas inquietações. O céu, a terra, as forças diversas que se movem ao meu redor, apresentam-se a mim como um monstro ocupado eternamente em devorar e animar de novo!
Quando nos abandonamos a nós mesmos, tudo nos abandona.''
Hoje eu te mando um beijo que tenha como essência o pólen retirado da papoula pelo beija-flor de forma terna quase que materna para que reviva os sentimentos primeiros, onde não exista a dor do abandono, apenas a alegria do novo, para que amanhã seja menos real e tenha mais magia. Espero que minha lembrança te faça sorrir, pois eu estou sorrindo.
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