Palavra costurada com ponta de agulha e linha, levada pelo vento na areia, lavada na beira do rio, pesada e sentida na máquina de escrever a cada letra, sempre a mesma, dita ou não.
Palavra quando no plural são moças arredias que dançam ao redor da fogueira, mexendo seus vestidos, se misturando à música, ondulando o pensamento, confundindo a solidão. Encanto de quem se apaixona, leveza de quem profere, tristeza de quem recebe um não.
Palavra que sai dos olhos e não da boca, vem me fazer cafuné, dança comigo a noite e me puxa pelo pé, revela teu encanto, mas bem devagarinho, que a dor do coração já está bem pertinho.
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