terça-feira, dezembro 15, 2009

Enquanto o vento bate em meus cabelos, vou sentindo toda a brisa, esperando todo o tempo ficar mais azul muito mais lilás e procurando me encostar naquela velha cadeira de madeira na casa de meus avôs e a olhar fotos antigas em tons mais verde musgo ou até mesmo em vidas passadas(não sei ao certo) me pergunto até onde eu vivi, até onde foi imaginação, até onde eu fui realmente amada, até onde o amarelo do sol refletiu em minhas retinas e me trouxe a cor da vida?
Se chovesse agora certamente parte da chuva levaria o turbilhão que existe por trás dos meus olhos verdes transformando-os em algo como um gramado idílico ou uma relva suave, acalmando meus confusos e simbólicos pensamentos, mas como a chuva não virá (creio) ponho os braços e as mãos embaixo da cabeça apoiando-a e me esticando assim como se fosse me espreguiçar, sinto aquele áudio sobre hipnose que escutei no começo da semana voltar em minha mente querendo sugar-me em flashes um tanto quanto rápidos, não sei porquê mas veio em mim um êxtase puríssimo, voltando á aquela manhã de domingo ou a momentos outros lá dentro da barriga de minha mãe sendo acolhida e protegida e quem sabe acariciada, talvez eu esteja exatamente agora por de trás das pernas de minha mãe naquelas suas calças listradas e com meus vestidos longos me escondendo dos estranhos só para reservar meu ser, só para não me expor ao mundo grande tão cedo e assim sem querer me expor nunca acabo descobrindo se vive ou se devaneei, mas talvez agora já não tenha mais tanta importância, o grande polvo ainda me convida a desvendar as profundezas de dentro da noz ou do cosmo que é a minha mente, mas eu não sei se irei aceitar , simplesmente, só sei que.

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