quarta-feira, agosto 10, 2011

A distância alimenta um nevoeiro turbilionante

É preciso que se crie conexões, talvez aquela ponte, que liga o São Francisco ao centro histórico,aquela que aos sábados trazia uma explosão de cores sentimentos com seus barcos e pássaros, funcionando para mim como uma chave que abre e fecha o sistema. Quão bom é sentir o vento balançar os cabelos e a saia longa.Ainda me sinto naquele recital de Chopin no Artur de Azevedo e agora vejo as cortinas do palco se fecharem sobre meus olhos em pura expectativa, mas não consigo escutar os aplausos, pois o que existem são só as lembranças de qualquer momento no passado em que eu tocava a alma dos sentimentos. Alma não tem cor, nem cheiro, nem forma, é estado sublime que se conserva no impalpável e por isso não se pode ter a noção exata de onde está.
Conservo além de tudo a lembrança das pessoas e isso é engraçado,lembrar de tudo, do buraco de minhoca, do buraco sugador de todaas as coisas no desenho da escola,do organismo que era feito de material semelhante a celulose, das mágicas, das conversas sobre caio fernando, do dia em que conheci satine. A distância alimenta a saudade, a vida alimenta a dor, mas de que adianta viver sem vida? de que adianta viver sem dor?

Guardo a certeza de que conheci pessoas lindas e que tenho amigos, que por mais distante que estejam, estarão sempre em minha mente as lições e os momentos!

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